19 de dez. de 2009

A cada meia hora, há um intoxicado!




Trecho de matéria jornalística sobre automedicação, retirada do jornal Correio do Povo.


A cada meia hora, o Brasil notifica um caso de pessoa intoxicada por automedicação. O dado é revelado pelo farmacêutico fiscal do Conselho Regional de Farmácia do Rio Grande do Sul (CRF), Éverton Borges, que define o problema como cultural. “A automedicação é estimulada, sobretudo, devido a dificuldades de acesso ao sistema de saúde. Só que as pessoas correm riscos ao tomarem medicamentos sem informação”, constata. De todos os tipos de intoxicação no Brasil, 30% ocorrem devido ao uso indiscriminado de medicamentos. Nesse sentido o CRF vem reforçando a fiscalização nas farmácias e cobrando a presença de um farmacêutico em tempo integral. “Esse profissional é a pessoa indicada para dar informações sobre medicamentos de venda livre”, alerta.

Borges admite que a concorrência no setor é grande, e orienta os pacientes a buscarem apenas estabelecimentos que possuam farmacêutico. O dirigente também acredita que a determinação da Agencia Nacional de Vigilância de Medicamentos, que estipulou novas regras ara a compra e venda de remédios no país, reduzirá a automedicação.

O Hospital de Pronto Socorro registra, diariamente, o ingresso de pacientes que passam mal devido à automedicação. Entre os remédios mais usados estão analgésicos, antiinflamatórios e até antibióticos. Segundo o plantonista da Emergência clínica do hospital, Mauro Soibelman, as pessoas apresentam sintomas de tontura e náuseas.

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- A informação é o melhor remédio! Por isso, mesmo com publicidade, é importante dizer ao público de rádios, televisão e jornais que medicamentos podem causar riscos à saúde e a automedicação é perigosa!

- Pense nisso! Você pode colaborar para a saúde e qualidade de vida do seu público!

2 de dez. de 2009

Nas ondas da mídia ...


Com os meios de comunicação (televisão, rádio, internet, jornais, revistas, etc.) cada vez mais popularizados, recebemos diariamente um “bombardeio” de informações e publicidade sobre diversos produtos, entre eles, os medicamentos. Mas ter um olhar crítico sobre essa publicidade, especialmente sobre as de medicamentos, é uma tarefa de cidadania e, acima de tudo, de proteção à saúde, a fim de evitar o uso incorreto e a exposição às praticas abusivas ou enganosas de alguns fornecedores dos produtos.
Pensando nisso, levantamos aqui algumas questões relacionadas à publicidade, com o intuito de informar e provocar um pensamento mais crítico, especialmente nas pessoas que transmitem essas informações, por qualquer um dos meios.
- Todo medicamento pode ser promovido comercialmente pelos meios de comunicação?
Não! Somente medicamentos isentos de prescrição médica (medicamentos que não possuem tarja em sua embalagem) podem ser anunciados, atendendo as normas e restrições legais.
- Quais as informações que o veículo de comunicação deve ter e saber no ato da comercialização de espaço publicitário?
Antes de anunciar qualquer produto sujeito à vigilância sanitária, o veículo de comunicação precisa certificar-se de que:
• A empresa anunciante está legalmente estabelecia, seja para a produção, comercialização ou distribuição dos produtos anunciados;
• A empresa possui autorização de funcionamento (AFE) emitida pelo órgão competente;
• O produto tem registro na ANVISA;
• O anúncio (spot, jingle, entre outros) está em conformidade com a legislação sanitária;
• O medicamento é isento de prescrição medica (medicamento de venda livre).
Estas informações são importantes porque o veículo de comunicação, assim como a empresa anunciante, e a agência de publicidade, responde legalmente em caso de infração sanitária referente à publicidade, publicidade e promoções de produtos sujeitos à vigilância sanitária.
- Quais são os principais erros e infrações sanitárias cometidos?
• Anunciar produtos sem registro na ANVISA ou no Ministério da Saúde;
• Não mencionar a contra-indicação do medicamento;
• Utilizar expressões como “segurança” e “tolerabilidade”;
• Adotar expressões do tipo “sem contra-indicações” e “produto natural” (nesse caso mesmo quando proveniente de plantas não pode ser dito, pois há uma crença que o que é natural não faz mal e isso NÃO é verdade – faremos um post sobre esse tema num outro momento!);
• Sugerir que o uso do medicamento não trará qualquer risco;
• Mascarar as verdadeiras indicações do produto, como, por exemplo, anuncias que produtos registrados como alimentos podem ter alguma propriedade terapêutica – isto é, que pode curar uma doença. Só medicamentos são testados adequadamente para provar que curam!;
• Não veicular a advertência obrigatória (“é um medicamento, seu uso pode trazer riscos, procure o medico e o farmacêutico, leia a bula”);
• Estimular diagnóstico, aconselhando tratamento (como por exemplo: se você sente tal sintoma você pode ter tal doença, o produto XYZ vai fazer você melhorar...).
- Quais os riscos que uma publicidade em desacordo com a legislação pode ocasionar?
• Informar equivocadamente o médico ou o farmacêutico sobre um produto;
• Agravar o estado de saúde de um paciente por utilização de medicamento inadequado;
• Comprometer um tratamento médico já em andamento;
• Retardar a procura pelo tratamento correto;
• Estimular o uso inadequado do produto anunciado;
• Promover o uso do produto com fins terapêuticos diferentes do aprovado no processo de registro;
• Incentivar, sem as devidas informações, o uso de produtos, fazendo crer que têm um efeito que, na verdade, não pode ser obtido, podendo até mesmo acarretar em danos à saúde;
• Omitir informações essenciais e corretas, entre outros.
- Quem é responsabilizado em caso de não cumprimento da legislação?
A legislação prevê a responsabilização, por meio de ato de infração sanitária, tanto do cliente anunciante quanto da agência publicitária e do veículo de comunicação.
PRESERVE-SE! PRESERVE A EMPRESA EM QUE TRABALHA!

Segundo dados da ANVISA, as rádios do Rio Grande do Sul respondem por 13% das autuações do país. Vamos mudar essa estatística!

24 de nov. de 2009

Medicamento não é bem de consumo, é bem de saúde!!!!


Há muito tempo os laboratórios utilizam-se da propaganda para ampliar as vendas dos medicamentos por eles produzidos e isto tem sido relatado na literatura (para maiores informações ver artigos linkados no blog). Mas esse fato pode provocar uma série de consequências. Junto com as vendas, aumenta o consumo desorientado de remédios. Sem a prescrição médica adequada, o indivíduo põe em risco a sua vida; atrapalha o diagnóstico e a implementação do tratamento adequado.

E é nesse contexto que a Anvisa insiste: “medicamento não é bem de consumo, é bem de saúde". No entanto, contrariando as normas da Organização Mundial de Saúde (OMS) e com o auxílio da frágil fiscalização brasileira, os laboratórios e as agências de publicidade estimulam a automedicação e, isso constitui um perigo à saúde pública.

Segundo Joaquim Martins Welley, professor de Legislação e Ética na Comunicação da ECO, “Um dos únicos recursos que o governo dispõe hoje para amenizar esta problemática é a frase ao persistirem os sintomas o médico deverá ser consultado, que deveria estar presente em todas as propagandas de medicamentos. De caráter obrigatório até o final de 2008, ela diminui a responsabilidade dos fabricantes e alerta o consumidor para o fato de que o remédio pode não apresentar o efeito esperado, ou mesmo um resultado adverso.

No final de 2008 foi implantada uma nova norma técnica que regulamenta o setor e a frase obrigatória foi acrescida de novas informações, com intuito de alertar as pessoas que pensam em se automedicar. Foi aprovada a seguinte frase (após o nome do produto): ....é um medicamento, seu uso pode trazer riscos, procure o medico e o famacêutico, leia a bula.

No site da ANVISA, podemos encontrar todas as informações necessárias sobre a legislação dos medicamentos (link abaixo).

Legislação dos medicamentos

No entanto, como os textos são muito técnicos e utilizam uma linguagem complicada para o público em geral., nós vamos publicar informações nos próximos post’s e mesmo nos anteriores, onde você encontrará de maneira mais objetiva, o que precisa saber para ter uma opinião mais crítica e decisiva para o que você ouve, fala ou lê sobre os medicamentos.

22 de nov. de 2009

Entenda o certo e errado em propaganda de medicamentos!


A Gerência de Monitoração de Propaganda, da ANVISA, publicou um folder explicativo sobre questões relacioanadas ao medicamento.

Clique no link abaixo e dê uma conferida! É importante conhecer a legislação, seja o anunciante, o publicitário ou quem vai transmitir a propaganda. Todos são responsáveis pelo conteúdo do que será divulgado.





19 de nov. de 2009

Vamos começar! Deixe-me Falar!


A história do medicamento e da propaganda dele é antiga!
Estamos criando esse espaço para conversar sobre o tema.
Venha, olhe, leia, pense, comente e sugira.
Contamos com a sua participação.
Deixa-me gritar!!